quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Quando o príncipe vira sapo.




Nós mulheres até por uma questão da criação que recebemos temos o sonho de crescer, estudar, ter uma carreira. Mas o grande sonho, aquele que "herdamos" das nossas mães e avós mesmo quando não admitimos é o de um dia encontrar o homem perfeito, o príncipe encantado das nossas histórias infantis.
E ele aparece.
Quando o conhecemos parece que nos falta o ar, sentimos frio e calor ao mesmo tempo, o coração dispara enlouquecido, nossa voz falha e as pernas tremem...é um momento inesquecível.
E o primeiro beijo?? O primeiro abraço?? A primeira noite de amor?? O pedido de casamento ou ajuntamento, tanto faz, pq o que realmente importa é que ele te quer pra vida toda ao lado dele?. São lembranças a serem guardadas no baú da eternidade...
Casamos e começamos a "vida a dois", trabalhando juntos, fazendo planos, e então se instala a famosa rotina e com ela vem o pior lado desse conto de fadas.
Com o tempo essa relação de parceria começa a ser uma relação de competição, principalmente se vc se destacar mais na sua carreira do que ele na dele. Ai começam as cobranças se vc chegar mais tarde ele reclama da demora e do jantar dele que não estava na mesa quando ele chegou. Se vc compra roupas novas e mais bonitas ele quer saber pra que, afinal vc tem um armário cheio de coisas que mal usou. Tá se arrumando tanto pra que?? ou melhor pra quem??
Não passa na cabeça dele que possa ser pra vc mesma, pra ele, ou somente pq vc quer estar bonita e ponto final.
E se vc chegar em casa cansada demais pra fazer amor com ele? O lobo mal e vai saltar em cima de vc como se fosse come-la viva atrás de respostas, cheiros, marcas que denunciem se vc o está traindo.
Homens nesse estágio tem a tendência absurda de se calarem, fugirem, detestam discutir os pqs de vcs estarem passando por essa situação. Começam então a chegar mais tarde em casa, irem para os bares com os amigos, procurar novas "amizades" na internet e redes sociais (normalmente femininas) buscando com isso resolver a questão e na realidade só pioram as coisas pq ai nós nos sentimos deixadas de lado, começamos a desconfiar (e com razão) de que ele está buscando fora o que poderia achar em casa pelo simples fato de homem não gostar e nunca querer discutir a relação. Ai passamos de perseguidas a perseguidoras, cobradoras, chatas, choronas, paranoicas...E tudo podia ter se resolvido com uma simples conversa franca e sincera.
No final disso tudo saímos magoadas e eles se sentindo frustrados,
Nós as bruxas malvadas e eles os sapos.

F. (Cecí)

A decadência de uma relação






Então você encontra aquela pessoa que tem interesses coerentes com os seus, também levando em consideração todos os pormenores físicos, quanto intelectuais, morais, idôneos, filosóficos e uma compatibilidade suficiente de interesses e outros tantos atributos que você julga notável fazendo você priorizar a companhia dela.
Sabe aquela coisa de que se você tem posse de algo que ninguém têm, algo inédito, que só você possui e que você têm o maior orgulho ao andar pela rua exibindo a raridade?
 A partir de então decidimos manter um relacionamento um pouco mais estável que os de costumes, um caso mais sério, que com o passar do tempo aumenta o apego, os sentimentos, a lealdade, a necessidade, a paixão entre outras coisas existentes em uma relação madura e equilibrada. Não sentimos mais a necessidade de outras, ela só basta, as conversas, a companhia, o intelecto, as festas, a curtição, os fetiches, tudo era bom. E aquele desejo instintivo de canalha de ser livre pra sair por aí conquistando as mais lindas mulheres é deixado de lado por você se sentir completo o suficiente.
Nesse ponto talvez ache que a relação se eleva muito mais acima do que as anteriores, mas ao passar uns meses nessa relação, por um motivo não muito claro, talvez por medo, ou por ciúmes, ela tem um surto de desconfiança, não se sabe se era pela sensação de medo do fim da relação, como se isso fosse algo predeterminado por acontecer, já que ela tem conhecimento do seu passado como um legítimo cafajeste que não se apegava a ninguém, e nem se privava por ninguém. Começa a vigiar suas redes sociais constantemente, qualquer postagem, qualquer amizade feminina nova é motivo de discussão fútil e sem sentido. Ela não aceita as amigas da faculdade, as colegas de trabalho, até mesmo seus amigos não são companhias aceitas por ela, tenta falhamente proibir você de ir ao bar tomar uma cerveja, jogar um baralho, curtir um rock, descontrair. Ela desconfia de tudo, ela fica paranóica, ela diz que você não tem mais tempo pra ela, que você é um safado que não consegue controlar seu instinto de desejo por outras mulheres, que você não liga mais pra o que ela está sentindo. Então essa cobrança excessiva, essa paranóia e vários outros fatores que fazem você se estressar e decide falar tudo pra ela. A partir disso ela começa um surto de chantagem emocional, chorando e acusando-o de não sentir mais nada por ela, que nem mesmo a respeita.
Quando contrariada, ela fazia as conhecidas “greves de sexo”. Ou então ameaçava falsamente o fim do relacionamento. Será que ela não percebeu a quantidade de outras mulheres lindas que estavam lá só na vontade de te conhecer, quantas mulheres que você dispensou, mesmo que isso fosse difícil para alguém que antes não recusava quase que nenhuma chance, até mesmo trocou a ida a uma festa pra ficar na companhia dela, abriu mão de certos prazeres que antes eram indispensáveis, tudo isso só para evitar chiliques mesquinhos dela, e aí você vê a desvalorização e falta de reconhecimento.
Você se sente limitado, preso em uma relação egoísta, relação essa que agia como se você tivesse assinado uma posse privada de relação unicamente com ela. A decadência era cada vez maior, percebendo-se que não era mais o que você queria pra você, e o sentimento por mais forte que foi um dia acabou se perdendo em meio a tantas crises de ciúmes, discussões, restrições, chantagens entre outras tantas exigências.
O sentimento se perdeu, aquela necessidade de outras mulheres voltou a aparecer, o seu instinto aumenta ainda mais culminando em uma sequência de infidelidades na relação. Aquele desejo de constante liberdade outrora renegada, que todo o homem pode ir onde quiser, sem dar satisfações, sem pertencer a ninguém, sem cobranças, sem dores de cabeça, sem compromissos, da ideologia do “só por uma noite”, de conquistar a mulher mais linda e mais desejada da festa, de viver constantemente na boemia dos bares, na companhia de amigos bêbados e depravados, sem restrições ou pesos na consciência, entre outros inúmeros fatores que fazem você perceber que é mais conveniente que você termine essa relação que agora não passa de um fracasso.
Ela chora, pede para você pensar, promete mudança, mas você já está racionalmente decidido, e um homem deve manter imutável a sua decisão, e não são chantagens emocionais ou um sentimento de culpa ou pena que irá alterar a escolha. Uma decisão quando tomada deve ser irreiterável.
E se ela não reclamasse tanto? Não cobrasse tanto? Não chateasse tanto? Não tivesse tantas paranóias?  E se não houvesse tanta desconfiança e tantos chiliques? E se houvesse mais reconhecimento e compreensão? Bom, talvez somente atrasasse um pouco mais o inevitável, uma hora ou outra você acabaria magoando-a, porque apesar dos fortes sentimentos que você tinha por ela, você percebe que, a sua canalhice, no fim das contas, sempre foi superior, mais útil, e mais conveniente do que seus sentimentos.

J.  (Thiago)

Quem Somos



Somos dois amigos, pessoas comuns que tem família, amigos, afazeres como todo mundo e resolveram se juntar para discutir as visões masculina e feminina das relações humanas.
Esperamos que vocês gostem do que vamos escrever.