domingo, 27 de janeiro de 2013

O interesse recíproco nos fúteis relacionamentos de hoje em dia: Homens buscando beleza, e mulheres bens materiais




Os relacionamentos atuais. A que ponto chegaram? O quanto tornaram-se decadentes? Foram reduzidos a quê?
Em épocas precedentes, o matrimônio era um negócio que visava garantir e manter a reputação, a posição social, e o poder aquisitivo das famílias que decidiam se unir, selando esta união com o casamento dos membros de suas respectivas famílias. Este pacto era firmado, regido e administrado pelos patriarcas de ambos os lados. Atualmente, com a costumeira e consequente quebra de paradigmas, dogmas e costumes dos quais o mundo está sempre suscetível com o passar do tempo, nota-se que houve mudança somente nos tipos de interesses, nos tipos de relacionamentos, e nos interessados em finalizar a transação, pois o interesse ainda se faz presente. E sempre será dessa forma, o que leva ao seguinte questionamento: Que tipos de interesses? Atrevo-me a dizer que, as pessoas renegam ou não dão a devida atenção que as tantas virtudes, valores morais, destreza, benevolência, dignidade, e outras características nobres despendam, para salvaguardar-se única e inteiramente aos valores estéticos e monetários, de forma que, um relacionamento limita-se a uma parceria favorável aos titulares, seja por destaque, seja por capricho, seja por auto-afirmação. Tudo com o intuito de elevar-se perante terceiros, nada que seja para usufruir e dedicar a estima, consideração, afeto e adimiração ao parceiro(a). O pensamento difundido entre a grande maioria dos homens é o de que, quanto mais beleza, dotes físicos, seletividade, ternura e venustidade uma mulher possuir, maior é a sua dita conquista quando esta é adquirida perante o meio que o circunda, e a sociedade em geral. Em contrapartida, a grande maioria das mulheres têm como prioridade, a intuitiva ação de buscar atributos de destaque diversos, como a estabilidade financeira, ou ambição, tônus muscular, boemia, liderança, entre outras características que também diferem um homem em potencial que seja disputado e requisitado pelas rivais. O desejo sempre é instigado pelo grau de destaque social que o titular detém, e os valores morais anteriormente citados somente em última instância são levados em consideração, por ambas as partes.
Obviamente, não faço essa análise em prol e defesa dos desprovidos de tais atributos, como também não condeno que a busca por estes, em um dado momento da relação, seja equivocada na íntegra. Me atenho somente ao expôr a superficialidade dos relacionamentos atuais, e os atributos anseados pelos interessados. Esta demanda influenciou e muito as idéias de ambos os gêneros com o passar do tempo, levando-os a se moldarem nas exigências impostas entre si, para beneficiarem-se de comum acordo. Homens que trabalham, compram um automóvel, estudam e malham somente para qualificarem-se para as mulheres e tripudiar outros homens, mulheres que recorrem à academia, cirurgias plásticas e outros artifícios estéticos e de moda somente para humilhar outras mulheres e conquistar homens mais destacados. É ausente o desejo de melhorar o condicionamento físico para manter-se saudável, nem tampouco há o intuito de elevar o poder aquisitivo para suster-se e aos familiares. Com toda certeza temos o direito de escolher as pessoas das quais tencionamos nos envolver. Mas, ainda assim, precisamos ponderar no que será melhor para nós, fator que é possível somente quando levamos em consideração tanto os atributos físicos, quanto intelectuais, morais, altruístas e idôneos. Afinal, seremos nós que iremos usufruir, partilhar, e conviver com essas características da outra pessoa, não a sociedade em geral. Partindo do preceito de que tudo começa na escolha, vejamos quais atributos estamos priorizando, e quais atributos estamos pondo em segundo plano. E que, durante esse processo, não esqueçamos de nos avaliar criteriosamente, pra também fazer valer o intitulado ''merecer para poder receber''. Que possamos ser sábios e perspicazes em nossas escolhas, e resolutos no identificar, remediar e descartar das decisões que não irão em nada nos beneficiar.

J. ( Thiago)

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